O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), quer votar amanhã o PL Antifacção, embora a quarta e atual versão do relatório do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) ainda desagrade governo e oposição. Sem maioria no plenário, o Planalto aposta na mesma estratégia que barrou a PEC da Blindagem, a mobilização nas redes e nas ruas. Grupos ligados ao PT reforçaram a campanha online afirmando que a proposta de Derrite, que é secretário licenciado de Segurança de São Paulo, dificulta o trabalho da Polícia Federal e beneficia o crime organizado.
“No
Brasil, há um mito de que a direita sabe como fazer política de
segurança. A extrema direita governou o país por quatro anos, de 2019 a 2022, e
não apresentou qualquer proposta boa. Ao receber das mãos de Hugo Motta a
relatoria do projeto do governo contra as facções criminosas, teve nova chance.
Foi um fiasco”. (Míriam Leitão/O Globo)
Enquanto isso, as facções dominam pelo Brasil. Relatórios policiais de inteligência obtidos pelo Globo mostram que uma situação cotidiana em áreas conflagradas do Rio de janeiro tem se repetido em outras partes do país: o impedimento da atuação do poder público para encerrar atividades clandestinas e cumprir funções de rotina. Os documentos mostram a expansão do crime organizado em estados como Pernambuco, São Paulo e Mato Grosso, onde investigações sobre condições precárias de trabalho deixaram de ser feitas, assim como operações que buscavam interromper serviços ilegais de telefonia e internet.
Congresso - As comissões da Câmara e do Senado devem seguir debatendo temas complexos. Por exemplo, a CPMI do INSS tem reunião agendada para segunda-feira (17/11) para continuar as oitivas sobre fraudes. Há audiências públicas agendadas, como na Comissão de Legislação Participativa (CLP), para discutir a reabertura da Comissão Especial Interministerial da Anistia.
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