Além disso, eventos climáticos extremos, como geadas e ondas de calor, têm ocorrido nos últimos quatro anos, prejudicando a produção e reduzindo a oferta de café no mercado.
Paralelamente, a demanda global por café continua alta, enquanto os estoques mantidos por produtores e empresas de processamento estão baixos. No Brasil, o consumo cresceu 0,78% entre janeiro e outubro de 2024, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Muitos produtores nacionais preferem exportar a abastecer o mercado interno, pois o preço do mercado internacional está bastante competitivo.
Esses fatores combinados resultam em um desequilíbrio entre oferta e demanda, pressionando os preços para cima. Além disso, custos logísticos elevados, influenciados por tensões geopolíticas e flutuações cambiais, contribuem para o encarecimento do produto final. Vale ressaltar que outro grande produtor mundial do café - Vietnã, também passou por problemas climáticos o que afetou sua produção. Com menos produto, o preço aumenta.
Convém lembrar que durante o governo Bolsonaro, dezenas de armazéns da CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento foram desativados.
Os estoques reguladores são compostos por alimentos comprados pelo governo na baixa de preços para que sejam liberados ao mercado quando os preços sobem. É uma forma controlar altas em períodos críticos. O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) extinguiu essa política e praticamente acabou os estoquespúblicos.
Não por acaso, em 2022, último ano de sua gestão, os alimentos aumentaram 11,64%, mais que o dobro da inflação oficial (5,79%).
Os efeitos estamos sentindo agora com o café. Porém, esta mesma análise também servirá para entendermos a alta nos preços de outros produtos.
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