Assembleia Legislativa do Maranhão

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Por que o café está caro?


O aumento no preço do café deve-se a uma combinação de fatores climáticos, econômicos e de mercado. Nos últimos anos, condições climáticas adversas, como secas prolongadas e altas temperaturas, afetaram significativamente as principais regiões produtoras de café no Brasil, especialmente em Minas Gerais e São Paulo. Essas condições causaram estresse nas plantas, levando à queda de folhas e abortamento de frutos, resultando em safras menores.

Além disso, eventos climáticos extremos, como geadas e ondas de calor, têm ocorrido nos últimos quatro anos, prejudicando a produção e reduzindo a oferta de café no mercado. 

Paralelamente, a demanda global por café continua alta, enquanto os estoques mantidos por produtores e empresas de processamento estão baixos. No Brasil, o consumo cresceu 0,78% entre janeiro e outubro de 2024, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Muitos produtores nacionais preferem exportar a abastecer o mercado interno, pois o preço do mercado internacional está bastante competitivo.

Esses fatores combinados resultam em um desequilíbrio entre oferta e demanda, pressionando os preços para cima. Além disso, custos logísticos elevados, influenciados por tensões geopolíticas e flutuações cambiais, contribuem para o encarecimento do produto final. Vale ressaltar que outro grande produtor mundial do café - Vietnã, também passou por problemas climáticos o que afetou sua produção. Com menos produto, o preço aumenta.

Diante desse cenário, é provável que os preços do café permaneçam elevados nos próximos anos, até que as condições de produção melhorem e a oferta consiga atender à demanda crescente.

Convém lembrar que durante o governo Bolsonaro, dezenas de armazéns da CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento foram desativados.

Os estoques reguladores são compostos por alimentos comprados pelo governo na baixa de preços para que sejam liberados ao mercado quando os preços sobem. É uma forma controlar altas em períodos críticos. O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) extinguiu essa política e praticamente acabou os estoquespúblicos. 

Não por acaso, em 2022, último ano de sua gestão, os alimentos aumentaram 11,64%, mais que o dobro da inflação oficial (5,79%). 


Os efeitos estamos sentindo agora com o café. Porém, esta mesma análise também servirá para entendermos a alta nos preços de outros produtos.

 






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