O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta quinta-feira (20) que retira a tarifa adicional de 40% imposta sobre uma ampla gama de produtos brasileiros. A medida, que vigora retroativamente a partir de 13 de novembro, traz um alívio significativo e devolve a competitividade ao setor exportador do Brasil no mercado americano.
Quais Produtos Foram Beneficiados?
A sobretaxa de 40% (que, em alguns casos, somada a outras tarifas, chegava a 50%) afetava principalmente o agronegócio brasileiro. A lista de produtos beneficiados pela isenção é extensa, mas os destaques incluem:
Carnes Bovinas: Cortes com e sem osso, carcaças, miúdos e carne salgada/curada.
Café e Derivados: Café verde, torrado e descafeinado.
Frutas e Vegetais: Manga, mamão (papaya), melão, abacate, goiaba, abacaxi, coco, além de sucos como o de laranja.
Castanhas e Sementes: Castanha-do-pará, castanha de caju, nozes, etc.
Produtos de Cacau: Amêndoas, pasta, manteiga e pó.
Outros: Chás, mate, diversas especiarias, produtos processados (polpas, geleias) e fertilizantes.
Consequências para o Setor Exportador Brasileiro
A retirada da tarifa de 40% tem um impacto imediato e amplamente positivo para os exportadores:
Retomada de Competitividade: Durante a vigência do "tarifaço", os produtos brasileiros ficaram muito mais caros e menos competitivos em relação a fornecedores de outros países. O fim da taxação extra permite que o Brasil volte a disputar o mercado americano em condições de igualdade.
Alívio de Custos e Melhora de Margens: A isenção alivia o custo de importação para varejistas e distribuidores americanos, o que deve impulsionar a demanda e, potencialmente, melhorar as margens de lucro dos exportadores brasileiros.
Acesso a um Mercado Chave: Os EUA são um dos destinos mais importantes para o agronegócio brasileiro. Setores como o de café e carne, que sofreram quedas nos embarques, esperam uma retomada gradual dos volumes de exportação.
Pressão Inflacionária Americana: A decisão também atende a interesses internos dos EUA, ajudando a aliviar a inflação de alimentos ao garantir o fornecimento de produtos de qualidade a preços mais competitivos.
Embora a isenção seja celebrada por diversos setores, como o de café, que já busca "reconquistar espaço" nos EUA, as negociações continuam. Setores como o de açúcar ainda esperam ser incluídos nas próximas rodadas de diálogo.
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