Um medicamento desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pode representar uma revolução no tratamento de lesões medulares. Chamado polilaminina, o fármaco vem sendo testado em pacientes tetraplégicos e já apresentou resultados animadores, com recuperação parcial e até total de mobilidade em alguns casos.
A polilaminina foi criada a partir da proteína laminina,
extraída da placenta, e é aplicada diretamente na medula espinhal. O efeito
observado é a regeneração de conexões nervosas, possibilitando que pacientes
recuperem movimentos e sensibilidade antes perdidos. Em um dos casos relatados,
uma atleta tetraplégica readquiriu de 60% a 70% do controle do tronco e
sensibilidade em órgãos internos. Outro voluntário, tratado pouco tempo após o
acidente, recuperou completamente as funções motoras e voltou a praticar
esportes.
Apesar do avanço, o tratamento ainda está em fase
experimental. A Anvisa precisa autorizar estudos clínicos mais amplos para que
a terapia possa ser disponibilizada em larga escala. Os resultados até agora
mostram maior eficácia em lesões recentes, mas também há relatos de melhora em
casos crônicos, embora de forma mais limitada.
Cientista brasileira da UFRJ, Tatiana Sampaio
Com mais de 25 anos de pesquisa, o trabalho liderado pela
cientista Tatiana Coelho de Sampaio é visto como um marco na ciência
brasileira. Se aprovado, o medicamento poderá mudar a realidade de milhões de
pessoas que vivem com limitações severas após acidentes e traumas.
Conclusão: a polilaminina é uma promessa concreta de que a medicina
regenerativa pode oferecer novas perspectivas a pacientes antes sem opções. A
expectativa é que, com a aprovação regulatória, o Brasil seja pioneiro em um
dos tratamentos mais inovadores para lesões medulares no mundo.
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