A troca no comando do PSB no Maranhão foi rechaçada pela base aliada ao governador Carlos Brandão na sessão desta quinta-feira (7). Segundo os parlamentares, a mudança foi feita nos bastidores, sem diálogo, e com um único objetivo: satisfazer interesses pessoais de quem já não desfruta das benesses do poder.
Iracema Vale (PSB), presidente da Assembleia, já havia usado o termo “traição” antes mesmo da troca ser oficializada. Depois da confirmação, o tom subiu durante a sessão plenária. Parlamentares como Ana do Gás, Andreia Resende, Antônio Pereira, Florêncio Neto, Claudio Cunha, João Batista Segundo, Davi Brandão e Adelmo Soares engrossaram o coro contra o que eles classificaram como “golpe político”.
Adelmo foi direto ao ponto. “Não há motivo ético, administrativo
ou moral pra tirarem o partido de Brandão. É só interesse pessoal de quem quer
continuar mamando nas benesses do Governo do Maranhão.”
Já o deputado Catulé Júnior (PP) foi ainda mais explícito.
“Na minha opinião, cortaram os privilégios de uma casta. A turma perdeu a
boquinha e agora quer desestabilizar.”
Apesar do ataque, o tiro saiu pela culatra. A tentativa de
esvaziar o poder de Brandão dentro do PSB fracassou. A base garantiu que o
apoio ao governador continua firme, com ou sem legenda. E se o governador sair
do PSB, os deputados afirmam que seguirão com ele.
Davi Brandão foi claro. “Quem determina meu destino
partidário é Carlos Brandão. Confio nele, respeito ele, e sigo com ele.”
Antônio Pereira, vice-presidente da Alema, reforçou. “Nosso
rumo político segue com Brandão, um governador que pensa nesta e nas futuras
gerações.”
Florêncio Neto lembrou que foi Brandão quem fez o PSB
crescer no Maranhão. “Ele construiu a maior bancada da Assembleia, da Câmara de
São Luís, e multiplicou prefeitos. O PSB só virou o que é hoje porque passou
pelas mãos dele.”
A mensagem é clara: tentaram dar o golpe, mas esqueceram
que Brandão ainda comanda a tropa. E quem mexe com ele, mexe com todo mundo.
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