Assembleia Legislativa do Maranhão

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Por que Lula escolheu Dino e preferiu um perfil político para o STF

 

Nas conversas com integrantes do governo e do Judiciário sobre a escolha de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), Lula deixou claro que o “perfil político” do ministro da Justiça teve peso na decisão.

O presidente sinalizou que, na sua visão, falta à parte do Supremo uma leitura política mais aguçada e um conhecimento de como funcionam os meandros do Congresso, o que prejudica as decisões de corte em alguns temas.

Essa leitura de Lula não é de hoje. Em 2010, quando quis indicar o ex-deputado e nome de confiança na área jurídica, Sigmaringa Seixas, para a corte, o presidente já colocava isso na balança. O advogado só não sentou na cadeira, porque não quis. O posto foi assumido por Dias Toffoli.

Com a Lava-Jato e a sua prisão, Lula reforçou a ideia de ter alguém de perfil político na corte, até para intensificar o diálogo do Judiciário com parlamentares.

Lula mostrou surpresa quando soube que Dino tinha interesse em ir para o STF e, desde que teve conhecimento do desejo do ministro da Justiça, o tratou como preferido para a vaga de Rosa Weber, segundo integrantes do governo.

O presidente tinha dois problemas a resolver para concretizar a indicação. O primeiro era ter a garantia de que o nome de Dino passará na sabatina do Senado. Parlamentares relataram à coluna que isso já foi pacificado em conversas de Lula com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre.

O segundo ponto segue em aberto, que é o nome para suceder Dino em uma cadeira estratégica como a pasta da Justiça.

Por Bela Megale

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