Por César Soares
O Brasil tem se destacado como um parceiro estratégico, com a experiência do Pix servindo de modelo para a criação de um sistema de pagamentos instantâneos entre os países do bloco econômico.
O BRICS Pay é um projeto de um sistema de pagamento digital e descentralizado que está sendo desenvolvido pelos países do bloco BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e os novos membros como Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos). Ele não é uma "moeda comum", mas sim uma plataforma para facilitar as transações financeiras entre as nações do grupo.
A principal meta do BRICS Pay é reduzir a dependência do dólar americano
e de sistemas de pagamento ocidentais, como o SWIFT, para o comércio
internacional. O objetivo é fortalecer a autonomia financeira dos
países-membros e permitir que as transações sejam feitas diretamente usando
suas moedas locais.
Como funciona e quais os objetivos?
O projeto ainda está em desenvolvimento, mas a ideia é criar um sistema
que utilize as moedas nacionais dos países do BRICS para as transações. Isso
significa que, por exemplo, o Brasil poderia pagar a China em reais, e a China
poderia pagar a Índia em yuan.
Os principais objetivos do BRICS Pay são:
- Facilitar
o comércio: Ao remover a necessidade de conversão para o
dólar, o sistema tornaria as transações mais rápidas, eficientes e com
custos menores.
- Aumentar
a autonomia financeira: O BRICS Pay busca dar aos
países-membros mais controle sobre suas operações financeiras, diminuindo
a vulnerabilidade a sanções ou a pressões geopolíticas.
- Promover
o uso de moedas locais: O sistema incentivaria o
uso de moedas como o real, o rublo, a rupia e o yuan nas transações
internacionais, o que poderia fortalecer essas moedas no cenário global.
BRICS Pay x SWIFT
O SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) é
um sistema de mensagens que permite a comunicação entre bancos de todo o mundo
para a realização de transferências de dinheiro. Embora o BRICS Pay seja
frequentemente comparado ao SWIFT, a proposta não é exatamente a de
substituí-lo, mas sim a de ser uma alternativa para o comércio entre os países
do grupo. O SWIFT é centralizado e em grande parte controlado por potências
ocidentais, enquanto o BRICS Pay busca ser mais descentralizado.
Um dos diferenciais do projeto BRICS Pay, por exemplo, é a possível
utilização de tecnologias como o blockchain, o que garantiria mais segurança e
transparência nas operações. O Brasil, em particular, tem se posicionado como
um parceiro importante na implementação do sistema, com a experiência do Pix
servindo de modelo para a criação de um novo sistema de pagamentos instantâneos.
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