Saúde
A prática andar de bicicleta, também chamado de ciclismo, é uma fonte de
paixão para muitas pessoas. Agora, pesquisadores descobriram que o hábito de
utilizar a bicicleta como principal meio de transporte pode reduzir o risco de demência em 19% e de Alzheimer em
22%.
Outra descoberta foi que o ciclismo consegue ajudar a tornar o hipocampo
maior, de acordo com um novo estudo publicado na revista científica JAMA
Network Open.
"O ciclismo é um exercício de intensidade moderada a alta e também
exige equilíbrio. Exige funções cerebrais mais complexas do que caminhar, e é
por isso que talvez tenha sido um redutor mais eficaz do risco de demência. Não
se trata apenas de fazer exercícios e torná-los parte da sua rotina, mas de
pensar na maneira como você vive a sua vida", explica Liron Sinvani,
diretora de serviços geriátricos do Northwell Health em Manhasset, Nova York,
que revisou os resultados, em comunicado.
A pesquisa contou com a análise de dados de cerca 480 mil pessoas
participantes do UK Biobank, um estudo de saúde de longo prazo de pessoas que
vivem na Inglaterra, Escócia e País de Gales. Assim, aqueles que participaram
relataram quais formas de locomoção mais utilizam.
O acompanhamento teve um tempo médio de 13 anos, e durante o período,
mais de 8.800 pessoas que responderam aos questionários desenvolveram demência
e quase 4.000 desenvolveram Alzheimer.
Enquanto isso, houve um risco menor de demência e Alzheimer entre
aqueles que andavam de bicicleta ou incluíam o ciclismo entre outras formas de
deslocamento, como caminhar, dirigir ou usar transporte público.
E isso mostrou força especialmente entre as pessoas que não apresentam
um risco genético maior para o Alzheimer, com a presença variante genética APOE
E4. Assim, segundo os achados, aqueles que não apresentaram essa variante
tiveram um risco 26% menor de demência e 25% menor de Alzheimer.
Outro achado consistente dos pesquisadores foram exames de ressonância
magnética cerebral que mostraram que andar de bicicleta também
estava associado a um hipocampo maior, uma parte do cérebro
envolvida na formação da memória e no aprendizado, observaram os pesquisadores.
"Nossas descobertas sugerem que a promoção de estratégias de
deslocamento ativo, particularmente o ciclismo, pode estar associada a um menor
risco de demência entre adultos de meia-idade e idosos, o que traz benefícios
substanciais à saúde pública ao incentivar práticas acessíveis e sustentáveis
para a preservação da saúde cognitiva", concluiu a equipe de pesquisa
liderada por Liangkai Chen, professor associado do Tongji Medical College da
Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong, em Wuhan, China.
(O Globo)
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