| Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito do mangue | 
A febre do Oropouche é uma doença viral transmitida
principalmente por mosquitos do gênero Culicoides
paraensis (diferente do Aedes,
transmissor da dengue e chikungunys).
O
vírus oropouche é endêmico em algumas regiões da América Latina, especialmente
na Amazônia. A doença se manifesta com sintomas que podem incluir febre alta, dor
de cabeça intensa, dores no corpo e nas articulações e, em alguns
casos, erupções cutâneas.
No
último sábado (20), pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgaram
uma investigação de quatro mortes suspeitas relacionadas à febre do oropouche na
Bahia. Esses casos acendem um sinal de alerta para a necessidade de reforçar a
vigilância e as medidas de controle, especialmente em áreas endêmicas e regiões
densamente povoadas.
Transmissão
vertical
Além disso, tanto o Ministério da Saúde quanto a Opas, ligada à OMS
(Organização Mundial da Saúde), investigam casos de transmissão
vertical do Oropouche da mãe para o bebê, o que pode acarretar em
riscos no desenvolvimento fetal, incluindo microcefalia.
- Relembre: a microcefalia é uma condição em que o
     cérebro do bebê não se desenvolve adequadamente, resultando em uma cabeça
     menor do que a média. Casos foram notificados no Brasil entre 2015 e 2016
     quando o país vivia uma epidemia de zika.
Como se
prevenir
Como toda arbovirose (infecção transmitida por mosquitos), a principal
forma de prevenção da oropouche é o combate ao inseto. Veja abaixo algumas
dicas para evitar a transmissão:
- Eliminação
     de criadouros: assim como contra o Aedes, o combate ao Culicoides se
     dá pela remoção de qualquer foco de água parada em recipientes como vasos
     de plantas, pneus velhos e outros locais que possam servir de local para
     reprodução do inseto;
- Repelentes: aplicar repelentes de
     insetos nas áreas expostas da pele e nas roupas pode reduzir o risco de
     picadas de mosquitos;
- Dentro
     de casa: a
     instalação de telas em portas e janelas, além de mosquiteiros em camas e
     redes de dormir pode impedir a entrada dos insetos;
- Atenção
     para os sintomas: se você mora em uma área endêmica para oropouche, fique
     atento a sintomas como febre, dor de cabeça e dores no corpo, e procure
     atendimento médico em caso de suspeita.
Há risco de
epidemia?
Embora seja uma doença emergente, com potencial risco para a saúde
pública, o país registrou, até o momento, 7.044 casos, sendo a maioria na
região da Amazônia –onde é considerada endêmica.
Foram detectados casos no Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo,
Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro,
Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins. Antes, eles ficavam restritos ao
Norte do país.
Outro ponto importante é ampliar a comunicação dos riscos e das medidas
preventivas individuais através de campanhas de conscientização e divulgação de
orientações das autoridades de saúde. Manter-se informado e agir rapidamente em
caso de surtos pode fazer a diferença na contenção do vírus.
(informações da Folha SP)
 
 
 
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